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Pois,
sendo assim o trabalho é uma atividade essencialmente ligada a um grupo. O ser
humano poderia até trabalhar só, mas isso o descaracteriza em sua
humanidade. Sendo assim torna-se
pertinente a frase de Tomás de Aquino “o homem é, por (natureza, político, isto
é, social)
Sendo
interessante perceber que Aristóteles e Platão percebiam a e comparavam a
socialização humana como um comportamento compatível com a vida dos animais, ou
seja: não era fundamentalmente humana.
Esse
pensamento muda quando do advento das cidades - estado o que faz como que o
homem passe a ter uma espécie de segunda vida. A vida privada e o seu bios
politikos.
Aristóteles
considerava fundamentais na bios politikos: a ação (práxis) e o discurso (lexis)
na esfera dos negócios humanos.
Os
seja, mais importante que as palavras, seriam as palavras certas na hora certa,
isso sim é o que da força ao discurso. Sendo assim o pensamento é secundário
para o mesmo e nos remete aos sofistas, tema já estudado em nossos encontros.
Então encontrando a palavra certa e estando ela imbuída da ação, a ação fica
cada vez mais separada do discurso que passou de uma forma de resposta para uma
forma de convencimento.
Vemos
então que a violência que antes era usada para oprimir as pessoas (método pré-
político) passou a ser substituída pelo discurso (método de persuasão).
O
que nos remete aos dias atuais em que o uso da “palavra errada” (discurso) para
promover todo tipo de coisa: política, religião etc. se tornou hábito comum
para a manipulação das pessoas.
ARENDT,
Hannah. A Condição Humana. Rio de Janeiro: Forense, 1991.
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